quinta-feira, 19 de setembro de 2013

Trilogia pelo Danúbio (Parte 1): Budapeste!

 A rota mais convencional de turismo pela Europa chega ao leste geralmente até Praga. Budapeste ainda é encarada por muitos turistas fora da Europa como um local exótico, e por isso é pouco visitada e explorada. Porém, quem já foi em muitos casos não exita em dizer que a cidade é a capital mais bonita da Europa. E realmente, quem inicia uma viagem pelo leste europeu em Budapeste não se arrepende. A cidade é um espetáculo.

 É um tipo de turismo bem diferente do que encontramos nas cidades mais badaladas. Não existe aquela sensação sufocante de se sentir mais um em meio a uma multidão de turistas. Tudo o que você se propõe a fazer na cidade é bastante calmo, tranquilo. Não se pega filas, você tem espaço para tirar fotos do ângulo que quiser, caminhar livremente e apreciar uma paisagem de tirar o fôlego.



Chegada: saindo do Brasil, não existem vôos diretos. Você precisará fazer uma conexão em algum ponto, como Londres, Amsterdã, Madri ou Berlim. Por conta de possíveis atrasos, já é bom sair daqui com as passagens compradas com a mesma companhia. No caso fomos com a British Airways, com conexão em Londres. O aeroporto de Budapeste é bem pequeno e fácil de se locomover.

Dica: no próprio aeroporto você encontra um serviço de shuttle até o hotel onde ficará hospedado. Eles te deixam na porta do hotel, sendo que o preço é bem atraente. Dá pra calcular o valor previamente pelo site, desde que você saiba em que hotel irá ficar. http://www.airportshuttle.hu/en/



Hotéis: São inúmeras opções, e você que quer dar aquela esbanjada sem gastar uma fortuna, achou o local certo! Budapeste é uma cidade bem barata para os padrões europeus. É possível ficar em um 5 estrelas por um valor bastante atrativo, ou se preferir economizar para gastar em outras coisas, existem também hotéis de 3 ou 4 estrelas com tarifas bem em conta. Nós ficamos no Mercure Metropol, com localização muito boa (próxima a estação de trem Budapest Keleti, a principal da cidade e com saídas internacionais) e atendimento impecável. 

Tenha em mente na hora de escolher o hotel o que é melhor para você ou combina mais com seu estilo. Quem optar em ficar do lado Peste terá inúmeras facilidades em termos de restaurantes, comércio e lojas. Já quem ficar no lado Buda terá muita tranquilidade e uma vista maravilhosa do restante da cidade por ficar em um local mais elevado.

Transporte: A cidade é bem servida em termos de transporte, com metrô, tram e ônibus. Muita coisa pode ser feita a pé também, principalmente do lado Peste, que é plano e fácil de se locomover.

Dica: sabe aqueles ônibus vermelhos que ficam rodando a cidade, com fones de ouvido e que são abertos na parte de cima? Particularmente sempre evitamos este tipo de transporte, por ser muito turístico e pelo fato de ele não parar nos locais, e assim você não poder aproveitar muito. 

Mas em Budapeste eles aprimoraram este esquema! Você paga um taxa (em torno de 50 reais) e pode utilizar o ônibus por 48 horas. Ele tem diversos pontos de parada em todos os pontos turísticos, e você sobe e desce quantas vezes quiser. É a melhor opção para ir de Buda a Peste e explorar todos os locais, além de ainda poder fazer um passeio de barco pelo Danúbio, tudo incluso no pacote. Para comprar o ingresso basta ir a qualquer ponto de parada ou até mesmo na recepção dos hotéis.

Maiores Informações: http://www.citytour.hu/en/index.html

Trem:  Voltando a falar da Estação Budapest Keleti, de lá é possível ir de trem até Viena, Bratislava, Praga e outras cidades próximas. A estação é bem caótica, muito movimentada. Evite portanto chegar muito cedo e ficar exposto a alguns policiais bem mal encarados que fazem controle de imigração por ali e examinam seu passaporte minuciosamente. Ali na estação existe também um escritório de passagens internacionais; procure por ele para comprar sua passagem. Em hipótese alguma deixe para comprar um bilhete em cima da hora, pois o processo de venda é lento e totalmente manual.

Câmbio: evite fazer o câmbio no hotel ou aeroporto. Existem várias casas de câmbio pela cidade, sendo possível encontrar algumas mais vantajosas que outras. O euro e o dólar são facilmente trocados pelo Forint, a moeda local. Por não ser uma cidade muito luxuosa o dinheiro lá rende muito bem, portanto evite trocar uma grande quantidade para não ficar com sobras depois. 1 euro vale mais de 200 forintes, então esteja preparado para voltar a casa dos milhares como na época do Cruzeiro ou Cruzado.

Atrações:

Hero's Square (Praça dos Heróis): é um dos principais pontos turísticos do lado Peste. Além de ser muito ampla e limpa, é um local histórico bem interessante e muito bom de se fotografar. É uma praça bem diferente do que normalmente se encontra em outras cidades. Ao redor também se pode encontrar outros pontos turísticos muito bons, como o Zoológico, o castelo Vajdahunyad e o City Park.

Parlamento: um prédio magnífico, com seu estilo gótico e imponência. É simplesmente belíssimo, tanto de dia como a noite com sua iluminação especial. É um local mais interessante para se ver de fora do que de dentro.

Castelo de Buda (Buda Castle): outro ponto incrível de ser fotografado, e ao chegar nele também é possível ter uma vista muito bonita do lado Peste e das principais pontes que ligam uma parte a outra da cidade. Por ali no lado Buda não deixe de ir também no Bastião dos Pescadores e a Matthias Church.

Citadella: mesmo que você resolva não entrar nesta mini cidade, não deixe de ir por conta da vista. É o ponto mais alto da cidade e você consegue enxergar no mesmo plano Buda e Peste. Ao final de tarde o visual é de tirar o fôlego.



Outros pontos importantes: Rua Váci, Ópera House, New York Café Station, Basílica Santo Estevão, Margaret Island.

Alimentação: foi surpreendentemente simples se alimentar em Budapeste. Para quem imaginava uma culinária muito exótica, foi uma surpresa agradável encontrar coisas bem parecidas com as que temos aqui no Brasil. Aliás existem muitos restaurantes "Self Service" na cidade. Eles não são exatamente como os nossos. Lá é possível escolher os alimentos da vitrine e a garçonete monta o seu prato com as porções escolhidas. Você paga o preço de cada porção que escolheu. Em alguns lugares encontrei arroz, fritas, peixe e frango. Esses restaurantes são bem econômicos também!

Quem estiver por lá não deixe de experimentar o tradicional Goulash, prato tipicamente húngaro.

Costumes e Curiosidades: o povo húngaro parece bastante receptivo e ávido em receber muito bem seus turistas. As pessoas não falam inglês com fluência, mas quase todos se viram super bem no idioma e são muito solícitos e simpáticos no momento de dar informações.

Aos turistas homens, fiquem atentos ao assédio das prostitutas e cafetões, pois o turismo sexual por lá é forte.

As temperaturas por lá são bem amenas, mesmo no verão. Portanto vá preparado!

No mais, apenas aproveite as belezas desta incrível cidade!