segunda-feira, 12 de maio de 2014

Machu Picchu: Guia Completo!

Machu Picchu é o destino dos sonhos para quem procura história e uma dose de aventura aqui pertinho na América do Sul. Um dos locais mais visitados por turistas do mundo todo, esta cidade pré-colombiana é daquelas paisagens que rouba o seu fôlego quando você consegue admirar aquilo tudo pela primeira vez.



Apesar de sua inegável beleza e da oportunidade única de poder estar em contato com as lindas tradições do Peru, esta viagem não é barata, e também é um pouco mais complicada que o normal pois exige uma série de planejamentos e decisões envolvendo tempo e distância. Mas estamos aqui para decifrar da forma mais fácil e econômica esta viagem dos sonhos.



Chegada: saindo do Brasil, para chegar a Machu Picchu a melhor opção é ir até Cusco. Necessariamente é preciso fazer escala em Lima, que também vale uma visita seja antes ou depois de explorar o território dos Incas. A Avianca/TACA sempre tem ótimos preços, e dependendo do período do ano é possível encontrar passagens por 600 reais (ida e volta já com as taxas inclusas). Saindo do aeroporto em Cusco, pegue um táxi. É bem barato e ele te deixa na porta do hotel. Só evite os clandestinos, pois é um pouco mais arriscado e os carros são velhos e sujos.

Período do ano: para aproveitar ao máximo Machu Picchu é preciso evitar a época de chuvas. O período mais garantido portanto é entre maio e setembro. Neste período você evita as chuvas mas certamente vai pegar um frio bem intenso, pois Cusco é uma cidade de altitude elevadíssima (quase 4 mil metros acima do nível do mar). Já outubro e novembro são também boas épocas, com temperaturas mais elevadas e chuvas espaçadas. Evite ao máximo ir em dezembro, janeiro, fevereiro e março.



Aproveitando Cusco: antes de ir a Machu Picchu você pode e deve aproveitar os encantos de Cusco, uma cidade muito simpática e repleta de turistas que ou vão ou já voltaram de Machu Picchu. E é em Cusco que você deve tomar uma série de decisões. 

Hotel: aqui você tem duas opções. Nós achamos mais vantajoso reservar um hotel em Cusco por 5 dias. Nos dois primeiros ficamos em Cusco e aproveitamos a cidade além de adquirir nossos pacotes para Machu Picchu. No terceiro dia fomos para Aguas Calientes e dormimos lá. No quarto dia cedinho subimos até Machu Picchu e descemos a tarde. Voltamos de trem no mesmo dia para Cusco, chegando lá a noitinha. E no último dia aproveitamos um pouco mais de Cusco antes de ir a Lima.

Dica: deu pra notar que perdemos uma diária do hotel em Cusco, porque dormimos um dia em Aguas Calientes. Porém a vantagem aqui é poder deixar toda a bagagem no hotel de Cusco e levar apenas o essencial para Machu Picchu numa mochila pequena e leve. Quem opta por ir com todas as malas para os hotéis e hostels de Aguas Calientes fica em uma situação difícil, pois após o pernoite o check-out no dia seguinte é geralmente até umas 10 da manhã. Então ou você sai com mala e tudo para Machu Picchu ou então paga mais uma diária e permanece em Aguas, o que é desvantajoso pois a cidade é muito pequenina e com poucas opções.

Dica de Hotel:  Nos ficamos em um hotel super simpático, o Tika Wasi. Ele fica bem próximo da Plaza de Armas, o local onde tudo acontece em Cusco. O hotel fica no bairro de San Blas, que é um morro, e portanto você vai precisar subir e descer, o que é um ótimo exercício para quando chegar na hora H em Machu Picchu você estar adaptado à altitude e aos caminhos tortuosos. O preço é bem justo, em torno de 50 dólares por dia para o casal e os funcionários são muito, muito simpáticos e solícitos. O café da manhã também é bem Ok, apesar de simples. Maiores informações: http://www.tikawasi.com/



Agências: Ponto primordial: deixe para fechar o seu pacote somente no Peru, mais especificamente em Cusco. Não feche nada aqui no Brasil, pois sai muito mais caro. Sabendo disso você deve tomar um certo cuidado.  Nós vivemos uma situação delicada, pois a moça da agência que fechamos ficou de nos entregar todos os documentos no dia seguinte a compra e não o fez, ai fomos na agência e ela estava fechada, e só no dia seguinte recebemos nossos vouchers e passagens. Então para evitar essa espera angustiante vale a pena ir mesmo até a agência, e também se  for o caso ir até um local que tem ali perto da Plaza de Armas que presta apoio aos turistas. Eles tem um cadastro das agências e podem dar dicas de algumas. Mas apesar de todas parecerem meio amadoras, é senso comum na cidade que todas cumprem o prometido.

Pacotes: escolhida a agência, veja qual se adequa melhor ao seu tempo. Decida bem os dias, pois o ingresso a Machu Picchu e os bilhetes de trens são válidos para dias específicos e para alterar deve ser bem complicado. Evite fazer um bate e volta de Cusco para Machu Picchu, pois fica muito corrido e dificilmente vale a pena no final das contas. Combine bem na agência a questão do transporte até o trem, pois não existe estação em Cusco e você vai precisar se deslocar até alguma das cidades vizinha (nós pegamos o trem em Ollantaytambo, sendo que um motorista contratado da agência nos levou até a cidade de carro e a volta foi de van). Vale aproveitar as belas paisagens do trem, depois explorar um pouco Aguas Calientes (tem uma montanha que dá para escalar que é muito legal, o visual é incrível) e por fim tirar um dia só para Machu Picchu. É sempre bom já fechar o seu pacote com um guia, pois é legal ouvir de quem conhece as particularidades. O espanhol falado no Peru é extremamente compreensível para nós brasileiros, então não vale a pena pegar um guia que fale português, porque certamente também vai sair mais caro.

 Um pacote como o que fechamos com transporte de ida e volta até a estação de trem de Ollantaytambo + passagem trem + hospedagem em Aguas Calientes + transporte para Machu Picchu + ingresso para Machu Picchu + guia ficou em torno de 220 dólares por pessoa. É um preço que varia pouco entre as agências, quase todas cobram o mesmo e tem uma margem de 10% de lucro.

Dica: Vale ressaltar que o ingresso para Machu Picchu apresenta algumas diferenças, já que você pode subir em algumas das montanhas (Machu Picchu ou WynnaPicchu, aquela montanha grandona ao fundo da foto abaixo) e o ingresso até elas é cobrado. Só pague por este valor a mais no seu ingresso tradicional se realmente estiver afim de fazer estas subidas, mas vale ressaltar que não é qualquer um que consegue. É preciso ter condicionamento físico, passar por lugares estreitos (especialmente em WynnaPicchu) e também atentar para os horários limites de subida e descida. A subida leva mais de duas horas em qualquer uma delas.



Câmbio: outro ponto estratégico no Peru, qual moeda levar? Pois eu digo: real! A moeda brasileira é aceita nas casas de câmbio de Cusco. O real vale um pouco mais do que o soles peruano. Então evite trocar seu dinheiro aqui no Brasil e pagar taxas e IOF. Fora que o câmbio lá é muito mais favorável do que o daqui. Se for trocar aqui troque poucos soles, apenas para o táxi ou uma outra emergência logo que chegar. As agências de turismo trabalham com valores em dólares, então se quiser pagar utilizando a moeda americana também é possível. Mas só faça isso se já tiver dólares guardados. Euros também são aceitos.

Comida e Alimentação: outra dica importante. Em Machu Picchu os preços de alimentação são absurdamente caros. Então  vale a pena levar água, suco e um lanche na mochila. Nós já levamos parte do que tínhamos comprado em Cusco, pois Aguas Calientes oferece poucas opções de mercado. Apenas evite levar coisas que façam muita sujeira ou que necessitem de talheres. É muito importante não sujar e manter Machu Picchu limpa e conservada.

No mais é isso. Prepare a câmera para inúmeras fotos e a mente para absorver o ar e as tradições ainda tão fortes presentes em Machu Picchu. Aproveite e sinta também a energia dos visitantes, centenas de pessoas do mundo todo com o espírito de aventura super aguçados e ávidas a desbravar esse local maravilhoso,  o que certamente torna esta viagem inesquecível.

Boa Viagem!

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